longe de ser o meu jornal de eleição, descobri hoje (por mero acaso) esta reportagem. apesar de só ter lido por alto parece-me interessante e quis partilhar. aqui fica: um mês com o salário mínimo.
homens que são como lugares mal situados homens que são como casas saqueadas que são como sítios fora dos mapas como pedras fora do chão como crianças órfãs homens agitados sem bússola onde repousem
homens que são como fronteiras invadidas que são como caminhos barricados homens que querem passar pelos atalhos sufocados homens sulfatados por todos os destinos desempregados das suas vidas
homens que são como a negação das estratégias que são como os esconderijos dos contrabandistas homens encarcerados abrindo-se com facas
homens que são como danos irreparáveis homens que são sobreviventes vivos homens que são sítios desviados do lugar
Sem comentários:
Enviar um comentário