[27.junho.2009]

mais um blog chega ao fim. sinto que já não me reflecte. apesar de ter criado um novo há já alguns meses não me tem apetecido escrever nada lá e portanto nem o divulguei. já não sinto grande vontade de "ter um blog".
se isso se alterar passo por aqui a deixar o link. continuarei a ler-vos assiduamente (apesar de nem sempre comentar).

um abraço.

[12.junho.2009]*

escrevo pouco. a prova disso é que uso o mesmo caderno há quatro anos. sei que isto pouco vos deve importar (porque deveria de qualquer forma?) mas há algo interessante a notar: existe uma relação inversa entre a escrita e este blog (e os outros que o antecederam). a maior parte da escrita foi feita neste último ano e meio mas foi também nessa mesma altura que menos estive por aqui.
e da leitura do caderno surge coisas bonitas das quais já pouco me lembrava. como esta entrada de fevereiro de dois mil e sete:
diz-me se
na água reconheces o rumor
adormecido nos búzios

diz-me se o outono tem
a ver com as algas
com a incerteza das folhas

e se há um sentido oculto
no rodar das estações

diz-me se
toda a imagem é engano
ou filha enjeitada
do fogo

diz-me se é certo
que o tempo
é o único olhar
prolongado nos dias

se a vida é o avesso da vida
e se há morte

josé tolentino mendonça








* agora que releio este post parece-me um pouco sem sentido. parece-me quase como uma tentativa forçada de meter conversa com o vizinho no elevador. um típico "tá fresquinho e tal". que se lixe. sempre gostei de ser bom vizinho.