[3.abril.2008]

in this hole that we have fixed
we get further and further and further
for what we must do

cat power

já não nos olhamos e a noite é fria. mas até quando amor? até quando teremos a cidade deserta dentro de nós? quando desceremos dos nossos pedestais de planos a cinco anos gisados ao pormenor e começamos a viver? quando deixaremos de querer dobrar a vida aos nossos caprichos e nos dispomos a aceitar os seus desafios como forma de crescer? quando amor, diz-me quando, voltaremos a estar juntos.

(para a sofia. com carinho.)

14 comentários:

Sofia Santos disse...

Não precisas nem de mais, nem de menos... Tiraste-me as palavras da boca. E os sentimentos do coração. Obrigada, S. Muito obrigada. *abraço forte* como mereces sempre, mas nem sempre estou aqui para tos dar.

Acredita... Das melhores prendas de sempre :)

telma disse...

a sofia deve de ter ficado derretido depois disto ^^

Unknown disse...

"todas as respostas a todas as perguntas que alguma vez colocará, já estão aqui, mesmo dentro de si..." (Louise L.Hay)

mts vezes o nosso crescimento vem ter connosco de uma forma que não esperávamos... espero que esta cidade, mesmo com noite escura, esteja sempre iluminada - para iluminar também outras tantas pessoas que precisam... ;)

s. disse...

sofia: é bom saber isso (: faltou o resto mas espero que já tenhas resolvido isso (arranja antes a versão que ela tem da música no cd 'the covers record').

telma: pelo comentário acima do teu diria que gostou (:

liliana: é curioso que tenhas colocado essa citação porque uma das partes do texto onde isso se insere (e que não consegui terminar a tempo para o dia que era preciso) tem lá algo desse género escrito. é bom sentir estas sintonias (:

La fille disse...

quando começamos a viver? a cultura deixa nos estes padroes e esquecemos q viver é fugir a eles... nao e possivel estar vivo e ser normal ao mesmo tempo, li uma vez.

:)

s. disse...

la fille: a normalização é tal que já não nos interrogamos. por vezes, quando descubro certas coisas, espanta-me porque nunca havia reparado nelas pois eram tão simples. mas é fácil: nunca ninguém ensinou a olhar.

telma disse...

diz mesmo ^^

oh s, já ouviste o novo album dos death cab? :D

s. disse...

telma: (;

pegueitrinquei disse...

Tinha ficado embasbacada a olhar para este teu texto. Até ao teu comentário. Escrevo quando as palavras explodem dentro de mim. Mas sem método. Escrevo a mando das emoções, minhas e dos outros.

Parece-me que estamos juntos nisso... Right?

Obrigada pela visita.

Dois Beijos.

c. disse...

...quando seremos finalmente quem somos? quando teremos a coragem de deixar as rotinas, a ilusões de segurança, os planos a cinco anos (ou até mais...) e arriscaremos ser felizes AGORA, neste instante? quando deixaremos de querer respostas para tudo e passaremos a desfrutar, sem medos, das dúvidas que nos rodeiam? quando seremos capazes de chegar à beira da janela e voar? apenas porque sim...

p.s.:desculpa a invasão S., mas não resisti :)

Maria disse...

Cat says everything what we wants to, and feel to.

s. disse...

h4rddrunk3r: obrigado (: eu não tenho também grande metodo para escrever. a única coisa que faço por vezes é usar a música como catalisador.

c.: não é de estranhar que sejamos assim. nunca ninguém nos explicou o que era a vida. talvez porque quem nos educou também nunca se interrogou sobre isso. cada vez querem-nos mais normalizados e vamos deixando de saber ser crianças. e não há invasão nenhuma. este espaço é tanto meu como teu*

dr. strangeluv: é mesmo. só agora reparei que o teu nome nao vêm do filme mas da música.

c. disse...

eu honestamente acho que já todos se interrogaram sobre esta dificuldade que temos em ser AQUI e AGORA...mas a maioria segue em frente, atrás da manada, pelo caminho mais seguro e já desbravado, ao invés de arriscar um novo trilho que nos leve ao desconhecido...aos poucos vão perdendo a capacidade de se deixar surpreender pelos pequenos detalhes que vão surgindo mas que só conseguimos ver quando desviamos o olhar daquilo que nos querem fazer ver.

s. disse...

catarina: e achas que as pessoas fazem essa escolha consciente? que colocam a hipótese de existir outra forma? estamos de tal forma normalizados que não me parece que isso aconteça. e mesmo tendo essa consciência é dificil não ceder à normalização. é tão mais fácil fecharmo-nos à perturbação e deixarmos os outros viver por nós. um dia, em conversa com uma amiga, descobri o seguinte: “às vezes imagino-nos crianças pequenas, sentadas à frente de uma tv luminosa e à nossa volta há um mundo por descobrir. mas estamos demasiados distraídos por ela para nos apercebermos disso” e é tão dificil deixar de olhar.